O Boticário - O nome sugestivo de uma das marcas mais amadas do Brasil
Os nomes evocativos podem ser de três tipos: sugestivo, toponímico ou patronímico. Eles evocam características que remetem à categoria da marca.
O Boticário é um nome evocativo do tipo sugestivo e comunica um conceito, estrategicamente pensado.
É sugestivo porque remete ao profissional especialista em fazer essências, um antigo farmacêutico, portanto, que lida com fórmula elaboradas. É um nome estrategicamente bem formulado pois remete à tradição, ao saber fazer, à experiência na manipulação de produtos.
O Boticário é uma das marcas mais amadas do país e o seu nome é um dos melhores entre as marcas brasileiras.
Naming: como criar o nome certo para sua empresa
O naming é 50% da comunicação da marca. O nome é o microdiscurso da marca. Ele inicia a conversa com o consumidor. O nome está no produto, nas redes sociais, na mídia online e offline em todas as experiências que o consumidor tem com a marca. É um canal de comunicação sempre aberto em todas as mídias, desde a embalagem.
Sendo o menor discurso da marca, um nome de sucesso é resultado de um processo criativo, muito mais complexo que fazer uma lista e ver se o nome é bom ou ruim.
Leva em consideração fatores estratégicos, como o propósito, posicionamento e a personalidade da marca no mercado, fatores lingüísticos e até legais, pois, afinal, é preciso registrar a marca.
Leva em consideração fatores estratégicos, como o propósito, posicionamento e a personalidade da marca no mercado, fatores lingüísticos e até legais, pois, afinal, é preciso registrar a marca.
Para entender um pouco sobre esse processo é crucial conhecermos alguns conceitos, características e tipos de um nome. Aqui nesse blog, você tem todas as informações que precisa para ter um nome e uma marca de sucesso.
As Pernambucanas é mesmo de Pernambuco? Ou é como as Casas Bahia?
Herman Lundgren desembarcou no Brasil em 1855 vindo da Suécia. Se estabeleceu na cidade do Recife como corretor e agente de navios. Se dedicava à importação e exportação de produtos. Em 1904, comprou a Companhia de Tecidos Paulista, situada no pequeno povoado de Paulista, no litoral de Pernambuco, e ingressou na indústria têxtil.
Com a morte de Lundgren seus filhos Herman, Frederico, Alberto e Arthur, resolveram inaugurar a primeira loja, em 1908, com o nome de Casas Pernambucanas, uma homenagem ao estado onde o grupo havia nascido. Quando Lundgren adquiriu a Companhia Paulista de Tecidos, não imaginava que o empreendimento se transformaria na principal referência do comércio varejista.
Em outra postagem aqui nesse blog, falamos que Casas Bahia é uma "homenagem" aos nordestinos que haviam se mudado na década de 70 para a região do ABC, em São Paulo, em busca de trabalho na indústria automobilística. Os "baianos" como eram chamados todos os nordestinos, foram percebidos por Samuel Klein. A nova loja chamada Casas Bahia aumentou a variedade de móveis e colchões - produtos demandados por quem vinha trabalhar somente com uma mala. O nome faz o seu público-alvo se sentir em casa.
Em naming, todo nome que se refere a um lugar, é um nome toponímico, da classe dos evocativos. Evoca características de determinado local assim como Havaianas, Americanas, Ipiranga, outras marcas que já analisamos aqui.
E o nome da Brahma? Que versão você gosta mais?
A origem do nome da marca Brahma é um mistério. Correm por aí tem 3 versões. Em uma delas, o nome faz referência a um deus indiano, o Brahma, cultuado junto ao lago de Pushkar. Dizem que quem se banha nele têm todos os pecados perdoados.
Em outra versão, o nome foi escolhido pelo criador da marca, o suiço Joseph Villiger, como homenagem ao inventor da válvula de chopp, o inglês Joseph Bramah.
A terceira versão sobre a criação do nome da marca surgida no Rio de Janeiro em 1888, fala da admiração de Villiger, seu criador, pelo compositor Johannes Brahms. Na primeira versão, o nome seria do tipo deslocado. Nas duas últimas, teríamos um nome patronímico. Que versão você gosta mais?
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