Oi, um nome evocativo sugestivo, simples assim















Os nomes evocativos podem ser de três tipos: sugestivo, toponímico ou patronímico. Eles evocam características que remetem à categoria da marca. Podemos perceber que a marca Oi traz esse traço sugestivo, já que remete a uma saudação, agora apropriada pela marca, portanto, com adequação à categoria de telefonia. (Em outro tópico, falaremos dos toponímicos e dos patronímicos).

O case da Oi é muito bom. É simples, um nome pequeno com apenas duas letras, com sonoridade e boa aparência. Trabalho da empresa inglesa Wolff Olins. 
Isso aponta para uma questão: a incipiência do naming no Brasil. Ainda que empresas de branding e publicidade estejam assimilando e aprimorando cada vez mais as técnicas criativas e a metodologia de naming, criando nomes para produtos das principais marcas que atuam no Brasil, ainda temos um longo caminho teórico e prático pela frente.





O Banco do Brasil (dãã)








O nome Banco do Brasil é um exemplo clássico de nome descritivo. Como o nome diz, ele descreve a categoria em que a marca está inserida, no caso, banco. 
Pois é, os descritivos são pobres. Esse tipo de nome não tem graça nenhuma a gente criar e restringe a atuação das marcas.
O Banco do Brasil, por exemplo, tem sua atuação limitada porque, como nome diz,  ela está vinculada ao território brasileiro e à imagem que o país tem lá fora.

Ele até tenta ser BB para fazer como o HSBC que, na verdade, quer dizer Hong Kong and Shangai Banking Corporation e se mundializou melhor com a sigla.
Aliás essa é a vantagem das siglas. Falaremos mais sobre elas em um novo post.

Quem é Luigi Bertolli?











O Naming acompanhou as transformações do consumo. Nomes patronímicos como Gilette e Ferrari deram lugar a nomes como Apple e BlackBerry.
O nome de família não é mais significativo para todas as categorias de marcas. Para produtos tecnológicos, por exemplo, não usamos nomes patronímicos, pois não faz sentido dar um nome que evoque tradição a algo que tem inspira inovação.

Já as categorias como moda, como é o caso do Luigi,  usam estrategicamente o nome patronímico, evocando know-how, e aí temos a impressão de que o próprio dono cria suas peças de moda.

Nomes patronímicos então são usados para evocar tradição, ainda que não a tenha. Luigi Bertolli é um exemplo disso. É um nome patronímico simulado, o Luigi Bertolli não existe. Massimo Dutti, uma das marcas do grupo Zara, também não existe.

Assim, a marca alcança, através do nome, o posicionamento desejado: estar associada não só a um costureiro, mas a um costureiro italiano, nacionalidade culturalmente ligada à moda. E assim, o nome Luigi e a letra L dobrada do sobrenome comunicam muita coisa.